Postagens populares

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

UM BOM PREGADOR

UM BOM PREGADOR
"Se colocar diante das pessoas, abrir a Bíblia e começar a gritar não faz de alguém um pregador, um verdadeiro pregador ao ser colocado diante do povo de Deus, ele trás conteúdo, mensagem e poder de Deus para transformação e edificação do povo"

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Dez Conselhos em assuntos Sexuais Para os Jovens


Dez Conselhos em assuntos Sexuais Para os Jovens


1) Evite más companhias. Se você andar com maus elementos ficará dominado por eles. A Bíblia diz: "Retirai-vos do meio deles, não toqueis em coisas impuras" (II Co. 6)

2) Evite o segundo olhar. Você não pode controlar o primeiro, mas pode evitar o segundo, que se torna cobiça.

3) Discipline suas conversas. Evite piadas e histórias com sentido duvidoso. "As más conversações corrompem os bons costumes" (I Co 15:33)

4) Tenha cuidado com a maneira de vestir-se. Deve ser um assunto entre você e Deus as roupas que usa. Uma jovem recém-convertida falou: De agora em diante vou vestir-me como se Jesus fosse o meu acompanhante.

5) Escolha cuidadosamente os filmes e programas de televisão que assiste.

6) Tome cuidado com o que você lê. Muito da literatura contemporânea apela ao instinto sexual.

7) Esteja em guarda com respeito a seu tempo de folga. Davi tinha o tempo em suas mãos, viu Beteseba e caiu em complicações.

8) Faça uma regra de nunca se envolver em namoro pesado. Jovens cristãos deviam orar antes de cada encontro. A moça que tem Jesus Cristo em seu coração possui um poder sobrenatural para dizer "não" aos avanços de qualquer rapaz. E o rapaz que conhece Jesus Cristo tem poder para disciplinar sua vida.

9) Gaste muito tempo com as Escrituras. O salmista disse: "Guardo no meu coração a tua palavra para não pecar contra ti". (Sl 119:11). Memorize versículos e quando a tentação chegar, cite-os. A palavra de Deus é a única coisa à qual satanás não pode se opor.

10) Tenha Jesus Cristo em seu coração e vida. Deus o ama e uma forte fé Nele tem guardado muitos homens e mulheres de cometer imoralidades (I Jo 2:14)

Autor: Billy Grahan
Fonte:http://www.oapocalipse.com

OS JOVENS PREGADORES


OS JOVENS PREGADORES

Depois de falarmos sobre alguns temas interessantes e pertinentes aos jovens, achei relevante também incluir entre os assuntos, a grande onda dos nossos dias, ser pregador. Ser pregador é uma grande bênção e é o cumprimento da promessa de Deus. Mas, existem algumas questões que devem ser levadas em conta e que precisam ser tratadas com muita seriedade.

A febre
É muito comum atualmente encontrarmos muitos jovens pregadores em quase todas as igrejas. Como já tratei em um outro livro, parece que todo mundo quer ser pregador. Parece uma febre, todo mundo quer subir no púlpito e pregar, todos querem ser chamados de pregador. Em algumas igrejas os jovens não se interessam muito com outras atividades desenvolvidas na igreja, o foco de quase todos é o púlpito, a pregação.

Já sei tudo
O mal presente em muitos meios, são os jovens recém convertidos, sem muito conhecimento e sem maturidade cristã, acharem que já sabem tudo e que já são grandes pregadores. Alguns depois de lerem vários livros de evangelistas e pregadores mundialmente conhecidos, acham que não precisam de mais nada, ou seja, já têm tudo e já sabem tudo.
É uma grande vergonha termos jovens que pensam deste jeito, porque nunca ninguém cabe de tudo, sempre precisamos e precisaremos aprender mais. Por mais que uma pessoa faça muitos anos no ministério ou na área da pregação, sempre haverá algumas coisas que ele precisará aprender ou aperfeiçoar. É muita arrogância e prepotência alguém que está apenas começando, já começar a achar que já sabe tudo. Pela graça de Deus pôde me encontrar com algumas pessoas que já fizeram mais de 50 anos no ministério, e o que mais me impressionou foi a humildade deles e a consideração que demonstram ter por outros pregadores e ministros. Não só, como também estão sempre empenhados a aprender mais e buscarem mais aperfeiçoamento no que fazem.

Já sou um grande
Um grande grupo de jovens pelo simples fato de às vezes serem usados por Deus, se enchem com o pensamento de que são os “grandes” do evangelho. Existem muitos que não querem simplesmente pregar ou fazer a vontade de Deus, mas o verdadeiro intuito que os motiva é a grandeza. Querem ser respeitados, temidos, reverenciados e honrados acima de tudo. Pouco importa se foram ou não chamados para isto, pouco importa se sabem ou não pregar, o mais importante para eles é aparecerem e serem reverenciados. 

Ser jovem e ser pregador
Muitas vezes nos deparamos com algumas pessoas que quando notam que o pregador é jovem, não dão muito crédito nele. São muitos os que não acreditam em pregadores jovens e segundo estas pessoas, um pregador jovem e um total inexperiente e portanto, sem muita sabedoria ou conteúdo para transmitir. Existem ainda aqueles que acham que todos os pregadores jovens são aventureiros e sem nenhuma seriedade no que fazem.
Na Bíblia temos muitos pregadores que eram jovens, Samuel começou a servir sendo ainda muito jovem, Jeremias foi chamado quando ainda era jovem, Ezequiel era jovem quando foi chamado, Timóteo era jovem, João Batista era jovem quando começou o seu ministério e o próprio Jesus também era jovem. Todos eles foram bons e grandes pregadores, mas começaram quando eram jovens. Na Bíblia existe uma grande promessa sobre os jovens (Jl. 2:28), mas por outro lado, não é fácil ser jovem e ser pregador ao mesmo tempo. A maior parte dos jovens querem curtir e se aventurar o máximo possível na vida, se entregar a Deus e se separar para agradá-lo em tudo não é uma coisa fácil. Vai totalmente contra a natureza pecaminosa do homem e principalmente contra a tendência dos caminhos dos jovens. São muitos os jovens que entram no caminho de Deus, começam a servi-lo e a pregar, mas acabam retrocedendo e voltando ao mundo. Não só, tem também aqueles que pregam, mas não vivem e nem querem viver o que pregam. Pregam porque simplesmente acham que lindo e bom pregar.
Paulo advertiu a Timóteo que ninguém deveria desprezar a sua mocidade, mas antes deveria ser um modelo para os crentes, um modelo na conduta, no falar, na fé, etc. isto nos leva a crer que alguém pode ser jovem e ao mesmo tempo ser um pregador sério.  

Quem chama?
Muitos jovens pregadores começam a servir na área da pregação, mas com muitos conceitos errados. Conceitos que muitas vezes são adquiridos através dos meios em que o pregador se converte ou cresce espiritualmente. Conceitos errados podem levar a um modo de vida errado.
Uma das coisas importantes que todo pregador deve saber é que quem faz o chamado é Deus, ou seja, a vocação para alguém se tornar pregador, vem de Deus. Muitos fazem grandes esforços mesmo vendo evidências claras de que Deus não os chamou para este trabalho. Ninguém por si mesmo pode se tornar um verdadeiro pregador, e nenhum ser humano da esta vocação aos outros seres humanos. Ninguém torna ninguém pregador. Esta graça, este dom vem de Deus e não dos homens. Por mais que Deus use alguém para falar conosco sobre este chamado e por mais que Deus use alguém para nos orientar e instruir nesta área, a vocação vem somente de Deus. No A.T. podemos ver que o próprio Deus é quem comissionava os profetas (Moisés, Jeremias, etc.), e quando alguém recebia o chamado através de um homem, este homem era simplesmente um instrumento enviado por Deus. O apóstolo sempre insistia que o seu chamado vinha de Deus (1 Co. 1:1; 2 Co. 1:1; Gl. 1:1; Ef.1:1; Cl. 1:1; 1 Tm. 1:1;  2 Tm. 1:1). As expressões: “pela vontade de Deus”, “segundo a vontade de Deus”, “segundo o mandato de Deus”, “chamado por Deus para ser”, deixam esta verdade muito clara.
Os livros, as escolas de ministério, as faculdades teológicas, as orações, os próprios esforços, etc., podem ajudam muito na vocação, ajudam no aperfeiçoamento e no desenvolvimento do chamado, mas não dão a vocação. Deus é quem chama, e isto deve ficar bem claro para nós. Ninguém se chama a si mesmo e nunca ninguém dá a vocação ao outro, a vocação não é passada de pais para filhos. Aquele que não tem esta vocação, por mais que se esforce nunca a terá, na verdade só se atrapalhará e atrapalhará a outros.



Será que todo mundo deve ser pregador?
Este é um dos problemas atuais, se considerarmos a evangelização, os testemunhos e as conversas onde falamos do plano da salvação de Deus como pregação, neste sentido amplo todo cristão pode e deve ser pregador. Todo mundo pode e deve pregar como cristãos que somos, visto que devemos todos ser testemunhas (At. 1:8). Mas nem todos devem ser pregadores no sentido restrito da palavra (Tg. 3:1; Mt. 5:19). Querer ser pregador é uma boa coisa, mas devemos obedecer a alguns passos:
  • Ter a vocação.
  • Preencher os requisitos morais e sociais.
  • Buscar um bom conteúdo Bíblico e teológico.
  • Receber um bom treinamento.
Ser pregador requer muita responsabilidade e seriedade. É um grande privilégio, mas também é uma grande responsabilidade. Só o desejo de sermos pregadores não basta. Devemos estar dispostos a pagar o preço e de nos abnegar-nos de tudo o que for preciso.

O talento dispensa tudo?
Muitos jovens quando descobrem que têm o talento de pregação, não se importam com mais nada. Dispensam todos os treinamentos necessários e tudo o que pode ajudar na vida deles como pregadores. Em algumas igrejas para alguém se tornar pregador, a única coisa que importa é o talento. Tendo o talento, por mais que o jovem não seja exemplar, ele é aceite como pregador da igreja. No N. T. nós encontramos outras exigências necessárias para alguém se tornar um pregador ou líder (1 Tm. 3: 1-10; Tt. 1:5-9). É justamente por causa desta falta de exigências que temos muitos jovens pregadores arrogantes, insubordinados, gananciosos, ambiciosos, sem conhecimento, sem preparo adequado, não experimentados, lascivos, dissolutos, rebeldes, bêbados, etc. É, infelizmente esta é a nossa triste e lamentável realidade.

Que tipo de pregador queres ser?
Existem hoje pregadores de todos os tipos que se possa imaginar, quentes, frios, espirituais, carnais, que pregam a Cristo e os que pregam o próprio Ego, preocupados com o Reino e outros preocupados com o dinheiro. Existem hoje muitos pregadores em destaque no mundo evangélico, pregadores muitas vezes bons de retórica e oratória.



Conceitos equivocados e errôneos sobre pregação
Quando um jovem quer se tornar pregador, precisa ter conceitos corretos sobre a pregação. Mesmo que pregue bem ou que tenha uma boa oratória, se não tiver conceitos corretos sobre a pregação, certamente acabará cometendo erros desastrosos. Muitos jovens têm conceitos totalmente equivocados e errados sobre nesta área, mesmo que inconscientemente. Muitos acham que a pregação:
  • É gritar e falar alto usando o nome de Deus.
  • É um meio de se exibir a erudição.
  • É um meio de demonstração de conhecimentos.
  • É um meio de propagarmos as nossas idéias.
  • É um meio de transmitirmos as nossas filosofias.
  • É um meio de se fazer destacado na igreja.
  • É um meio de se tornar conhecido.
  • É um meio de se enriquecer.
  • É um meio de se conseguir renome.
  • E um meio alternativo de se ganhar a vida.
  • É um meio rápido de se tornar importante.
Conceitos errados e equivocados geram atitudes e vidas erradas. Levam a vidas distantes de Deus e a praticas anti-bíblicas. existem muitos que são considerados de “bons pregadores”, mas são péssimos cristãos. Muitos que ainda são considerados “excelentes pregadores”, na verdade são “ex-cristãos”.

Quando o talento destrói a vida cristã
Muitos jovens por causa do talento acabam destruindo as suas vidas. A certeza de são muito bons na pregação e que são tremendamente usados por Deus leva-os a vidas desregradas e ao relaxamento total. Quando alguns jovens descobrem que têm um forte talento nesta área, acabam se tornando totalmente arrogantes e teimosos. Começam a achar que já sabem tudo e que não precisam de mais ninguém. Alguns outros se tornam depravados e insensíveis que até começam a defender o que antes consideravam como pecado.  
Existem casos de alguns pregadores talentosos que se tornam verdadeiros mercadores e mercenários da Palavra. Só podem pregar onde tem mais oferta e onde há multidões. Não pregam mais em reuniões de pouca gente e nem em lugares sem condições.
Quando alguém caminha por este caminho, certamente está desviado do verdadeiro propósito divino e está caminhando para sua própria destruição. O talento deve levar-nos a atitudes positivas e boas. Deve fazer com que nos esforcemos mais e que busquemos mais a graça de Deus, a humildade, a retidão, a santificação e a unção.

Aprender continuamente
Temos visto muitos jovens pregadores que aprendem alguma coisa no principio das suas carreiras como pregadores, mas depois param no tempo. Se tornam impermeáveis e cauterizados. Totalmente auto-suficientes. Um bom pregador nunca pára de aprender. Busca crescer e se aperfeiçoar a cada dia. Como diz o velho ditado: “aquele que pára de aprender, deve parar de ensinar”. O pregador deve procurar se atualizar sempre, e isto pode ser feito através de conferencias, congressos, seminários, cursos, escolinhas, livros, apostilas, etc. Não só isto, mas o pregador deve sempre através dos pregadores mais experientes ou anciões buscar mais conhecimento e orientações.

O respeito pelos anciões
Um dos males mais comuns e freqüentes nos meios evangélicos é a falta de respeito e consideração por parte dos jovens pregadores aos pregadores anciões. Muitos jovens depois de começarem a pregar, começam a se achar o máximo e muitas vezes chegam a atropelar os mais antigos nesta área. Existem inclusive alguns jovens pregadores que aproveitam o momento da pregação para faltarem com o respeito. Falam o que não devem e como não devem.
Alguns pregadores jovens acham que todos os pregadores anciões falharam com a missão ou que o tempo deles já esta ultrapassado, ou seja, devem deixar lugar para eles. Por causa disso começam a fazer de tudo para os tirarem da “cena”. Triste e lamentável, mas infelizmente é a atitude de muitos jovens. Alguns simplesmente se esquecem que o inimigo é outro (o diabo), e começam a agir como se os inimigos fossem os pregadores anciões.
Todo jovem pregador deve saber que tem muito que aprender com os “mais velhos” ou os mais experientes (2 Cr. 10:1-19).

A humildade
A humildade deve ser sempre a marca de um jovem cristão pregador. A humildade no pensar, no falar e no agir. Lembrando-se sempre que Deus resiste aos orgulhosos, mas concede a sua graça aos humildes (Tg. 4:6,10; 1 Pd. 5:5-6). Não só, mas também deve saber que a soberba precede a queda ou a ruína (Pv. 16:18).

Tirado do livro: "Os Jovens Cristãos e os seus Assuntos".
Autor: PASTOR SIMPLÍCIO

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A QUESTÃO DO CONTEXTO HISTÓRICO


A QUESTÃO DO CONTEXTO HISTÓRICO 
Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, segundo a promessa da vida que está em Cristo Jesus,
a Timóteo, meu amado filho:
Graça, misericórdia e paz da parte de Deus Pai e de Cristo Jesus, nosso Senhor. (2 Timóteo 1.1-2)


Temos aqui uma carta de Paulo ao seu colaborador júnior, Timóteo. Uma carta representa apenas um lado de uma conversação. Supostamente, o desafio ao ler uma carta está no fato de não conhecermos a natureza precisa das questões e situações que fizeram o missivista escrever sua carta, e é assumido que precisamos de certo entendimento desse outro lado da conversação para ter contexto suficiente a fim de interpretar a carta. Visto que os documentos bíblicos são literatura antiga, a distância entre o contexto original e os leitores modernos é alegadamente mais ampliada.
Estudiosos constantemente assumem essa dificuldade e tentam lidar com ela à medida que examinam o texto. Contudo, o problema é exagerado, mas visto que ele é teimosamente assumido, não é incomum ver um comentarista chegar a uma falsa interpretação que ignora ou contradiga o que está claramente no texto devido à sua obsessão em descobrir ou especular sobre o contexto histórico. Mesmo que alguém chegue ao significado correto, não é incomum encontrar um comentarista basear a sua interpretação em algo que pertence ao contexto histórico, quando as palavras do texto oferecem o mesmo significado, tornando supérflua a sua árdua investigação. O contexto histórico, quer ou não determinado corretamente, com frequência não afeta o significado de forma alguma.
A dificuldade é uma mera possibilidade em cada caso. Se há uma dificuldade real ou não, isso depende do que o escritor inclui em sua carta. Se Paulo escreve, “Tito, o que eu lhe disse para fazer, faça-o depressa”, então não teremos nenhuma ideia do que Paulo quer que Tito faça, embora ainda saibamos que Paulo deseja que ele faça algo. Por outro lado, se Paulo escreve, “Tito, constitua presbíteros em cada cidade, como eu o instruí”, e então inclui uma lista detalhada de qualificações, como o faz em sua carta a Tito, então devido à plenitude de informação inclusa desse lado da conversação, não existe nenhuma necessidade de especularmos sobre o outro lado.
Estudiosos podem considerar isso uma simplificação ingênua, mas não é. Antes, o problema é que eles exageraram tanto o problema da falta do contexto histórico, e subestimaram tanto a semelhança do pensamento e cultura humana através dos séculos, que eles complicaram a própria clareza, e recusam permitir que a linguagem direta seja o que é. O erro deles está em exagerar e superestimar a obra de detetive no processo de interpretação. A Bíblia é uma revelação confiável, atual e independente da parte de Deus. Mas ao assumir constantemente que a informação externa é necessária para fornecer o contexto apropriado para a interpretação, eles subestimaram a suficiência e perspicuidade da Escritura.
Outro problema relacionado à obsessão em descobrir o contexto histórico, ou talvez até mesmo um procedente dessa obsessão, é a tendência de pensar que tudo o que Paulo diz, ele o faz para abordar uma questão correspondente entre seus leitores. Ou, tudo o que ele afirma, ele o faz porque pelo menos alguns entre os seus leitores creem no oposto, e tudo o que ele diz que eles devem fazer, ele o faz porque eles não estão fazendo ou estão fazendo o oposto. Parece que Paulo nunca mencionaria algo, a menos que haja um problema relacionado a isso, ou pelo menos seus leitores estejam crendo ou praticando o oposto do que é defendido pelo apóstolo.
Essa suposição ridícula é extremamente comum em comentários bíblicos. Mas é inválida e enganosa, e deve ser descartada. Sem dúvida, ela é sempre aplicada inconsistentemente, ou teríamos que pensar que Paulo escreve somente a ateístas anti-cristãos, visto que ele menciona com muita frequência Deus e Cristo em suas cartas.
 
Fonte: Reflections on Second Timothy
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto, maio/2010


Vincent Cheung é autor de trinta livros e centenas de palestras sobre uma gama de assuntos em teologia, filosofia, apologética e espiritualidade. Através dos seus livros e palestras, ele está treinando cristãos para entender, proclamar, defender e praticar a cosmivisão bíblica como um sistema de pensamento abrangente e coerente, revelado por Deus na Escritura. Vincent Cheung reside em Boston com sua esposa Denise. 

PREGANDO CRISTO FIRMADOS NO ANTIGO TESTAMENTO


PREGANDO CRISTO FIRMADOS NO ANTIGO TESTAMENTO 

E Paulo… disputou com eles sobre as Escrituras, expondo e demonstrando que convinha que o Cristo padecesse e ressuscitasse dentre os mortos. E este Jesus, que vos anuncio dizia ele, é o Cristo.”
– Atos 17.2,3

Raramente os pregadores têm dificuldade em pregar baseados no Antigo Testamento – mas pregar Cristo com base no Antigo Testamento pode ser uma questão diferente. Não obstante, foi exatamente isso que Paulo fez quando chegou a Tessalônica, como o versículo acima impresso deixa claro. Naturalmente, o Antigo Testamento contém muitas passagens explicitamente “messiânicas” – isto é, elas fazem inequívoca referência à vinda de Cristo. Isaías, capítulo 53, é provavelmente o exemplo mais conhecido, mas há muitos outros. Ninguém tem problema em pregar Cristo baseado em tais passagens neotestamentárias.
A dificuldade está em conseguir uma interpretação cristológica geral e coerente do Antigo Testamento – uma interpretação na qual todas as Escrituras do Antigo Testamento sejam vistas como um testemunho de Cristo e sejam entendidas em consonância com isso. Há dois pontos a considerar: em primeiro lugar e fundamentalmente, deveríamos buscar tal interpretação de qualquer forma? Em segundo lugar, se devemos, como podemos, na prática, encontrar Cristo em todas as Escrituras?

Neste capítulo tratamos da primeira destas perguntas. Uma analogia talvez nos ajude a explicar essa questão. Consideremos um “iceberg” flutuando no oceano. É uma beleza, mas flutua livremente, sem raiz alguma em seu ambiente aquático. É incidental, isolado e sem significado duradouro. Em contraste, ilha é uma manifestação da geografia oculta do oceano – talvez revelando a existência de um vulcão extinto. Ela é parte integrante do leito do oceano, muito embora o fato de que esse leito em grande parte está oculto, enquanto não nos dermos o trabalho de explorar as suas profundezas.
Similarmente, as passagens messiânicas podem ser “icebergs”, belas em si mesmas mas incidentais, sem raízes nas Escrituras do Antigo Testamento – singularidades desconexas que de modo algum refletem a natureza intrínseca dessas Escrituras. Por outro lado, estas passagens podem ser “ilhas” – afloramentos visíveis de uma profunda realidade oculta que sustenta parte por parte as Escrituras do Antigo Testamento, de Gênesis a Malaquias. Essa é, creio eu, a visão do Antigo Testamento revelada pelo Novo. Naturalmente, a realidade oculta é Cristo. Consideremos as evidências acaso existentes para suporte desta alegação.

Em primeiro lugar, as Epístolas do Novo Testamento contêm diversas declarações que asseveram que o propósito de todas as Escrituras do Antigo Testamento é instruir e edificar os crentes pertencentes à nova aliança. Além disso, em cada caso esta asserção tem suporte no testemunho de Cristo dado pelo Antigo Testamento. Com efeito elas dizem: “O Antigo Testamento foi escrito para o nosso benefício, e esse benefício reside em Cristo”.
Um exemplo é Romanos 15.1-4. Essa passagem começa com uma simples injunção moral – “nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos”. Mas Paulo não deixa a coisa nesse pé. Essa conduta moral, ele insiste, flui do exemplo de Cristo – “Porque também Cristo não agradou a si mesmo, mas, como está escrito (Salmo 69.9): Sobre mim caíram as injúrias dos que te injuriavam”. E continua: “Porque tudo que dantes foi escrito para nosso ensino foi escrito, para que pela paciência e consolação das Escrituras tenhamos esperança…”. A palavra grega traduzida por “sejam quais forem as coisas” (VA) é enfática, implicando “tudo” (ARC). Isso nos diz não somente que a citação obscura do Salmo 69 se refere a Cristo, mas também que todas as Escrituras do Antigo Testamento foram escritas especificamente para nosso benefício. Este benefício, diz Paulo, nos vem na forma de aprendizado, paciência, consolação e, acima de tudo, esperança em Cristo (não há outra esperança).

Uma segunda declaração acha-se em 1 Coríntios 10.8-12, onde Paulo adverte: “Não tentemos Cristo, como alguns deles também tentaram, e pereceram pelas serpentes… Ora tudo isto lhes sobreveio como figuras, e estão escritas para aviso nosso, para quem já são chegados os fins dos séculos”. Como em Romanos, capítulo 15, Paulo diz duas coisas e as liga uma à outra. Primeiramente, o real propósito do Antigo Testamento – mesmo as suas partes históricas – é instruir e admoestar aqueles que vivem sob a nova aliança (“para quem já são chegados os fins dos séculos”). Adicionalmente, porém, é Cristo que não devemos tentar – significando que estas Escrituras nos admoestam, não apenas em termos gerais, mas quanto à nossa relação com Cristo. Ele próprio nos diz que “a serpente no deserto” prefigurava a Sua crucifixão (João 3:14).
Uma terceira declaração encontra-se em 1 Coríntios 9.9 – “Porque na lei de Moisés está escrito: não atarás a boca ao boi que trilha o grão. Porventura Deus tem cuidado dos bois? Ou não o diz certamente por nós? Certamente que por nós está escrito; porque o que lavra deve lavrar com a esperança…”. Continue a ler, e você verá que o “lavrar” aqui é a obra do evangelho. Mais uma vez, então, encontramos asserções gêmeas – as Escrituras do Antigo Testamento foram escritas para nosso benefício, e esse benefício se relaciona com Cristo e Seu evangelho.
Pedro concorda (1 Pedro 1.8-12). Ele escreve: “Da qual salvação (mediante Cristo) inquiriram e trataram diligentemente os profetas que profetizaram da graça que vos foi dada… o Espírito de Cristo, que estava neles, indicava, anteriormente testificando os sofrimentos que a Cristo haviam de vir, e a glória que se lhes havia de seguir”.
“Nos quais foi revelado que, não para si mesmos, mas para nós, eles ministravam estas coisas que agora vos foram anunciadas por aqueles que, pelo Espírito Santo, enviado do céu, vos pregaram o evangelho”.
Isso dificilmente poderia ser mais claro. Os profetas do Antigo Testamento (expressão que abrange todos os escritores do Antigo Testamento) foram movidos pelo Espírito Santo para testificarem do sofrimento e da glória de Cristo – e ao fazê-lo não estavam ministrando primariamente para a geração deles, mas para aqueles que iriam ouvir o evangelho neotestamentário da salvação pela graça.

A seguir chegamos a diversas declarações definitivas concernentes ao testemunho que o Antigo Testamento dá de Cristo. A primeira acha-se em João 5.39, onde Jesus diz aos judeus: “Examinais as Escrituras, porque vós cuidais ter nelas a vida eterna, e são elas que de mim testificam”. Esta não é uma declaração de se jogar fora, mas é parte de um argumento extenso. Pois pouco depois Jesus continua: “Se vós crêsseis em Moisés, creríeis em mim; porque de mim escreveu ele. Mas, se não credes nos seus escritos, como crereis nas minhas palavras?” (João 5.46,47).
Note-se a escolha das palavras. Cristo não diz simplesmente: “(As Escrituras) testificam de mim”, o que poderia significar que elas o fazem incidentalmente. Antes, diz: “São elas que de mim testificam” – implicando que o real propósito do Antigo Testamento é testificar dEle. De novo Ele declara inequivocadamente que são os escritos de Moisés (isto é, todo o Pentateuco) que dão testemunho de Cristo, não apenas ocasionais referências neles presentes. Isso é significativo, uma vez que há uma tendência comum atual de pregar sobre assuntos tais como criação, os patriarcas, e a lei de Moisés, de um modo que negligencia Cristo. Contudo, em conformidade com Jesus, Moisés estava escrevendo sobre Ele no correr de todo o conteúdo dos cinco primeiros livros da Bíblia.
Uma segunda passagem significativa é Lucas 24.25-27, a conhecida história do caminho de Emaús. O Cristo ressurreto repreende os Seus frustrados discípulos: “O néscios, e tardos de coração para crer tudoo que os profetas disseram!… E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras”. Note o leitor os três termos abrangentes, tudotodostodas. É evidente que Lucas está interessado em que entendamos a natureza abrangente das reivindicações de Jesus – a saber, que todas as Escrituras do Antigo Testamento, não apenas parte delas, são proféticas quanto a Cristo.
“Moisés e os profetas” é uma forma abreviada de referir-nos ao Antigo Testamento – e noutro lugar Jesus nos diz que veio cumprir cada “jota” e “til” dessas Escrituras (Mateus 5:17,18). Se Cristo é Seu cumprimento, elas necessariamente apontam para Ele.

O último texto que vamos usar como prova é 2 Timóteo 3.15-17 – “Desde a tua meninice sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus. Toda a Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça; para que o homem de Deus seja perfeito, e perfeitamente preparado para toda boa obra”.
Frequentemente citamos essas palavras quando falamos da natureza e do uso das Escrituras – que elas são inspiradas (literalmente “sopradas-por-Deus”) e instrutivas. Mas facilmente passamos por alto a declaração que leva Paulo a descrever o Antigo Testamento dessa maneira. Qual declaração? Que estas antigas Escrituras do Antigo Testamento nos iluminam quanto à salvação pela fé em Cristo! De novo Paulo se refere abrangentemente às Escrituras do Antigo Testamento como aquilo que revela Cristo com poder salvífico. É neste contexto cristológico que o apóstolo, em acréscimo, recomenda o Antigo Testamento como uma fonte de instrução e de boas obras.
Estas Escrituras me compelem a crer que o Antigo Testamento, em sua inteireza, testifica de Cristo e foi escrito especificamente para benefício dos crentes do Novo Testamento – e de todos os que desejam tornar-se “sábio(s) para a salvação” nEle. As “passagens messiânicas” das Escrituras do Antigo Testamento são “ilhas”, não “icebergs”, revelando a cristologia totalmente abrangente do Antigo Testamento.
 
Fonte: Edgar Edwards, Pregando Cristo (Editora PES), p. 71-78.

Edgar Andrews
Edgar Andrews (BSc, PhD, DSc, FInstP, FIMMM, CEng, CPhys.) é Professor Emérito da Universidade de Londres e Co-editor do Evangelical Times, e co-pastor da Igreja do Campus, em Welwyn Garden City, UK (Reino Unido). 

A DIFERENÇA ENTRE ENSINO E PREGAÇÃO


A DIFERENÇA ENTRE ENSINO E PREGAÇÃO 
Como prosa e poesia, esses dois termos são mais bem entendidos como extremos opostos de um espectro, e não como opostos antagônicos. Quando escrevemos prosa utilizamos diversos expedientes poéticos, jogos de palavras, metáforas, etc., e quando escrevemos poesia estamos comunicando informação. Da mesma forma, é muito difícil, se não impossível, ensinar sem pregar em certo grau, ou pregar sem algum nível de ensino.
Uma maneira de ilustrar a distinção, contudo, é observar a diferença entre o indicativo e o imperativo. O primeiro nos diz o que é, e o último nos diz o que devemos fazer. Ensino, obviamente, tende ao indicativo enquanto pregação tende ao imperativo. Mas o que acontece se tornarmos a distinção absoluta? Um ensino totalmente desprovido de qualquer imperativo não nos faria bocejar e responder “E daí?”? Da mesma forma, se despojarmos a pregação de todo indicativo, e ficarmos apenas com o imperativos, não teríamos sermões que meramente gritam “Faça alguma coisa!”? Isso não terminaria em barulho e fúria, não significando nada?
Isso significa que, no final, tudo isso são questões de grau. Sou abençoado em ensinar no Reformation Bible College. Porque o meu desejo é que os estudantes cresçam em graça e sabedoria, o meu plano não é meramente descarregar informação do meu cérebro para o deles. Portanto, minhas aulas tendem a seguir um padrão real, mas não planejado. Então, no final da terceira aula, tenho a tendência de começar a pregar. Começo a exortar os alunos a viverem à luz do que aprenderam, a mudar suas perspectivas, e suas vidas. Começo a implorar que cuidem do seu coração.
Sou abençoado também por pregar, embora não tão frequentemente como gostaria. Aqui certamente tenho uma obrigação de explicar o texto, tanto quanto eu for capaz. Procuro colocar o texto em seu contexto histórico. Tento esclarecer qualquer ambiguidade gramatical, ou problemas de tradução. Mas, persuadido que a Bíblia não é um livro estranho e misterioso e de que ela é inteiramente compreensível, crendo que os nossos problemas são mais morais que intelectuais, que somos mais tolos do que estúpidos, exorto a congregação a crer, confiar, regozijar, dar graças, amar e perdoar. Todo Domingo quando sou abençoado por pregar caminho até o púlpito esperando não somente ser fiel ao texto, mas esperando encorajar crescimento em piedade. Quero que o rebanho vá embora persuadido de que em Cristo somos amados do Pai, e que Jesus muda todas as coisas.
Nós Reformados tendemos a ser professores mais vigorosos do que pregadores. Os não Reformados tendem a ser pregadores mais vigorosos do que professores. Concordamos com a Bíblia, mas permanecemos imóveis diante dela. Somos rápidos para fazer mudanças, mas nem sempre pela Bíblia. A Bíblia não é simplesmente cheia de verdade. Ela é cheia de verdade que deve nos transformar. Não é suficiente que ensinemos a Bíblia. Precisamos da Bíblia pregada.
 
Fonte: Highlands Ministries
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto – junho/2012

R. C. Sproul Jr.
Dr. R.C. Sproul Jr. gradou-se no Reformed Theological Seminary e no Grove City College. Recebeu seu Doutorado em Ministério em 2001. É o pastor fundador da Saint Peter Presbyterian Church, e é o fundador, diretor e professor do Highlands Ministries. Sproul Jr. escreveu e editou dezenas de livros, incluindo Biblical Economics, Almighty Over All,Tearing Down Strongholds, Eternity in our Hearts, Bound for Glory, When You Rise Up, Believing God e The Call to Wonder (2012). The important thing is that he is the the father of Darby, Campbell, Shannon, Delaney, Erin Claire, Maili, Reilly and Donovan. 

AJUDA NO USO DOS IDIOMAS ORIGINAIS DA PREGAÇÃO


AJUDA NO USO DOS IDIOMAS ORIGINAIS DA PREGAÇÃO
O argumento parece bom; mas aquele que faz a objeção falha em perceber o fato óbvio de que quanto mais possibilidades de traduções tivermos para escolher, mais precisaremos conhecer (ao menos algo a respeito) os idiomas originais; além disso, quando as traduções diferem (e elas diferem!), como saber qual está correta? A partir de qual devemos pregar? Qual representa mais fielmente o texto original dos escritores? Este é um problema especial hoje, quando tantas traduções têm decidido se tornarem interpretativas. A própria riqueza das opções modernas deve (ainda mais) apontar para a necessidade de um conhecimento dos idiomas originais.
“Onde posso adquirir este conhecimento?” Atualmente (veja os dois artigos anteriores deste jornal)[1] estamos tendo uma revisão do hebraico bíblico. Livros auto-instrucionais e cursos de idiomas impressos, tanto do grego como do hebraico, existem. Mas (mais fácil) muitos institutos bíblicos, todos os seminários conservadores e várias outras escolas fornecem cursos nos idiomas originais. Qualquer pastor que nunca teve grego ou hebraico (mesmos que ele não tenha jamais terminado um seminário) deve fazer estes cursos. “Por que?”. Bem, não somente para decidir entre traduções, mas:
  • Para ser capaz de “captar o sentimento” de uma passagem. As traduções tendem a desviar-se do tom original dos escritores. Somente tornando-se familiarizado com o original isto pode ser restaurado. Este “sentimento” é essencial para uma boa pregação.
  • Para estar apto a usar os melhores comentários e ler as melhores referências da Bíblia (a maioria das quais se refere ao texto original). Sem certo conhecimento dos idiomas, ninguém pode seguir o raciocínio que está por trás das traduções sugeridas.
  • Estar apto a avaliar outros livros que (novamente, não usando o original) podem estar bem longe em suas interpretações e/ou uso de muitas passagens.
  • Pregação que flui do estudo de uma passagem no original avança em chão mais seguro; outras pregações frequentemente manquejam. Uma certa confiança deriva de se ter examinado o texto por si mesmo.
“Mas eu nunca vou ser um erudito em grego ou hebraico”. Correto! Isto é verdadeiro para a maioria dos pastores. E bem aí reside o problema. Muitos bons homens, que poderiam ter se beneficiado de um uso sensível dos idiomas originais foram desestimulados por professores de seminários que ensinaram a eles o estudo dos idiomas como se sua profissão tivesse que ser ensinar Literatura Clássica ou Semítica em universidades. Eles nunca recomendaram atalhos (e.g., como esquecer tudo sobre as regras para acentos gregos – aprender isto é uma tarefa quase totalmente desnecessária. Alguns podem progredir bem aprendendo apenas aqueles acentos diferenciados que contam). Eles tentaram construir uma consciência contra o uso de léxicos e traduções interlineares (duas referências de grande valor que ninguém deveria se sentir culpado de usar livremente). Eles falam negativamente sobre livros tais como Reader’s Lexicon de Kubo e não contam aos alunos sobre o plágio de Spiros Zodhiates da gramática de Machen. Todo esse “purismo” é pura tolice. Quem se importa que um pastor tende para a referência de Bagster? Quem se importa como uma pessoa consegue as respostas corretas para as suas questões exegéticas concernente aos idiomas originais, conquanto que ela as consiga? Certamente alguém deveria usar oEnglishman’s Hebrew and Chaldee Concordance se ele achá-la útil. Por que não?
Com tudo que um pastor ocupado tem para fazer, é totalmente correto que ele use toda ajuda disponível que ele possa comprar, para manter suas mãos no uso contínuo do hebraico e do grego. Ele seria um mau mordomo de seu tempo e energia se não o fizesse. Muitos homens têm perdido certa habilidade com o idioma uma vez adquirido porque acreditaram (o que lhes fora dito, ou o que fortemente os levava a pensar) que era errado usar qualquer coisa além do simples texto e dos dicionários, gramáticas e léxicos padrões. Absoluta e pura tolice! Pastor, se usar uma tradução interlinear o ajudará a voltar ao grego e hebraico, use-a – deixe-me emancipá-lo das correntes de culpa forjadas nas fábricas de professores de idiomas que nunca tiveram de lidar com problemas do dia-a-dia do pastorado. Use-a! Use o que estiver à disposição. De fato, todo professor de hebraico e grego num seminário teológico deveria tomar tempo para comparar e contrastar essas ajudas, dando sua opinião sobre qual é a melhor (e por que) e instruir pastores para o uso mais efetivo e inteligente de cada uma delas.
Pregue; pregue a partir do estudo do texto original, e você pregará com confiança e prazer.
[1] O artigo faz parte de uma série que apareceu no The Journal of Pastoral Practice, vol. 3, no. 3.
 
Tradução: Felipe Sabino de Araújo Neto
Cuiabá-MT, 10 de Junho de 2005.

O Dr. Jay Edward Adams pastoreou igrejas na Pennsylvania e em New Jersey. Lecionou no Westminster Theological Seminary, foi o diretor do programa de doutorado do Westminster Theological Seminary na Califórnia e ainda, como pastor, trabalhou plantando igrejas na Carolina do Sul. Foi também o fundador do CCEF (Christian Counseling and Educational Foundation na Filadélfia), do NANC (National Association of Nouthetic Counselors), e da Timeless Texts, editora que agora publica seus livros. Ele escreveu em sua vida mais de 60 livros. Dr. Adams e sua esposa Betty Jane têm quatro filhos.